quarta-feira, 1 de março de 2017

Mudança de Perspectiva = PAZ

Hoje estava voltando da padaria e escutando musica no celular quando de repente veio uma musica que gosto muito, chamada “Tocando em frente”. Ao caminhar pela minha rua, no final da tarde, apreciei a bela paisagem, as árvores e o por do sol. Um sentimento de gratidão encheu-me a alma e um sentimento de paz me acompanhou até a minha casa. Cheguei feliz.

Desde minha mudança para Campo Grande tenho vivenciado uma grande mudança de perspectiva. Essa paz que senti hoje, essa tranquilidade de viver a vida e agradecer pelas coisas que tenho tem me acompanhado nestes dias e  fazia tempo que não me sentia desta forma. Acredito que esteja encontrando meu caminho e potencial com uma filha de Deus. E achar isso não foi fácil.

Na postagem anterior havia falado um pouco sobre as bagagens que levamos ao longo da vida e que muitas vezes perdemos o foco do que é realmente importante em nossas vidas. Quando eu me mudei para campo grande, fiquei desnorteada, parecia que tudo o que havia pensado para minha vida havia sido arrancado de mim e que a partir daquele momento eu não alcançaria mais meus sonhos... mas qual era meu sonho afinal?

Às vezes perdemos tempo procurando provar algo para alguém, achamos que precisamos fazer algo extremamente grandioso e de alguma forma mostrar para mundo o por quê de estarmos aqui.. Mas e se nossa vida for comum, ordinária? Se aparentemente não formos famosos, brilhantes, ricos... Não podemos ser felizes? Afinal, o que precisamos para sermos felizes?

Durante algum tempo me debati nesses conflitos! Cheguei até a me ressentir com o Pai Celestial por isso! Mas aos poucos, como um Deus amoroso, Ele vem me mostrando aonde meus olhos precisam estar fitos e não sei explicar, mas meu coração vem experimentando uma mudança sincera e tenho entendido o que preciso fazer para ser feliz.

Cresci em um lugar muito simples chamado Seropédica. É a zona rural do Rio de Janeiro. Quando criança sempre apreciei a vida que tinha, a casinha que morávamos, os animais que tínhamos, as arvores com as frutas para comer e também para escalar. Fui muito feliz na infância com essa simplicidade. Agora retornando a um ritmo parecido, tenho conseguido visualizar o que antes não estava vendo: a vida em família. Estar com meus filhos em casa tem sido maravilhoso. Hoje não consigo imaginar estar trabalhando fora e deixando de cuidar deles, quero ajudá-los a se desenvolverem, acompanhá-los e fazer parte de suas vidas. Quero ser uma mãe melhor, uma esposa melhor, uma pessoa melhor.

Antes de estar aqui já pensava sobre isso, mas ficava pensando: e eu? O que eu vou ser? O que eu vou fazer? Minha pergunta estava mais no “ter” do que no “ser”. Estar aqui me fez mudar a pergunta e retirar o “eu” para “nós” e a ansiedade que antes me acompanhava constantemente mudou para uma imensa paz e gratidão. Antes tinha medo do futuro, do que não poderia alcançar ou ter, porém hoje confio que o Senhor nos proporcionará aquilo que for melhor para nossa família, assim como está fazendo comigo agora.

Acredito claro que tenho sonhos a alcançar ainda. Mas acredito que buscar melhorar quem eu sou e a cada dia me esforçar para trazer o amor ao lar e as pessoas a minha volta tem sido muito melhor do que qualquer coisa no mundo. Talvez não seja superstar, famosa, rica, mas se fizer a diferença na vida dos meus filhos e do meu esposo, fazendo com que se tornem melhores como ser humano, como filhos de Deus, então fiz o que o Pai Celestial espera como sua filha.

Ao olhar acima das pequenas montanhas que estão na minha rua posso ver a ponta da montanha do bairro onde praticamente minha família materna mora. A cada vez que subo a rua, vejo sua ponta, como um lembrete de onde eu vim, do que devo focar e de quem devo ajudar. Que o Pai Celestial continue a me conduzir e me utilizar como instrumento em suas mãos (mesmo sendo um instrumento muito falho!) para ajudar seus filhos nesta jornada e que me ajude a SER o que Ele sabe que posso me tornar.

Amo minha família. Amo o Evangelho de Cristo. Amo esta jornada.